Quando, em 1898, o escritor norte-americano Morgan Robertson concluiu o pequeno romance “The Wreck of Titan or Futility”, não poderia imaginar que estava a antecipar a maior tragédia náutica de todos os tempos: o naufrágio doTitanic.
Todos sem dúvida conhecem a história do Titanic, um transatlântico de 270 metros de comprimento e com capacidade para acomodar quase três mil passageiros. Considerado insubmergível pelos seus construtores, o luxuoso Titanic zarpou, em 10 de abril de 1912, de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova Iorque e escalas em Chesbourg na França e em Quennstown, na Irlanda. Era a sua viagem inaugural. Na noite de 14 de abril, quando cruzava o Atlântico Norte, o transatlântico colidiu com um iceberg, submergindo em questão de poucas horas. Das 2.727 pessoas a bordo, somente 705 conseguiram sobreviver. Esta tragédia havia sido anunciada, com 14 anos de antecedência, e com riqueza de detalhes, por Morgan Robertson, agora, podemos ver, um pouco dos detalhes do romance:
Em seu romance, Robertson narra a saga de um magnífico navio, também considerado “insubmergível”, que enfrentou o naufrágio, após um choque com um imenso iceberg. Assim como o Titanic, o transatlântico concebido e imaginado por Robertson naufragou em sua primeira viagem, no mesmo mês de abril, quando cruzava o Atlântico Norte.
As incríveis coincidências entre a ficção e a realidade começam pelo nome das embarcações: no romance, o transatlântico chama-se, incrivelmente, Titan. Os nomes dos capitães são o mesmo: Smith. E as circunstâncias em que se deram os acontecimentos são de uma similitude impressionante. Tanto no romance quanto na vida real, um imenso navio de passageiros – uma cidade flutuante –, em plena travessia oceânica, choca-se com um iceberg, não muito distante do local de partida, tendo o flanco rasgado. Rumavam quase à mesma velocidade. Em ambos, e por conta da propalada segurança da embarcação, não havia barcos salva-vidas suficientes para prover o socorro de passageiros: o Titan era guarnecido por 24 botes; o Titanic, por 20. Como resultado, a maior parte dos passageiros encontrou a morte nas águas gélidas do Atlântico. E, em ambos os casos, convictos da segurança de suas embarcações, os capitães decidiram não se aproximar de outro navio, que navegava nas proximidades, pouco antes da fatal colisão; outra fosse a escolha, e as perdas de vidas humanas seriam minimizadas. Um quadro comparativo realça as extraordinárias semelhanças entre ambos os navios:
TITAN | TITANIC | |
Nome do capitão | Smith | Smith |
Local do naufrágio | Atlântico Norte | Atlântico Norte |
Mês do acidente | Abril | Abril |
Causa do acidente | Colisão com iceberg | Colisão com iceberg |
Comprimento | 240 metros | 269 |
Tonelagem de deslocamento | 75.000 | 66.000 |
Velocidade no impacto | 23 nós por hora | 25 nós por hora |
Número de botes salva-vidas | 23 | 20 |
Compartimento à prova d’água | 17 | 16 |
Número de hélices | 3 | 3 |
Número de passageiros e tripulantes | 3000 | 2727 |
Simples coincidência? Ou tratamos de uma profecia inconscientemente aflorada na mente imaginosa de um autor, ex- marinheiro dotado de vastos conhecimentos de navegação e familiarizado com a indústria náutica? Sustenta-se, ainda, que Robertson nutria especial interesse pelo paranormal, de forma que – insinua-se – as suas previsões teriam sido voluntariamente realizadas. Embora não possamos responder categoricamente a estas questões, resta a certeza de que Morgan Robertson acertou muito ou, quando menos, muito perto chegou da fatídica realidade. E, conscientemente ou não, o fez objetivamente, empregando uma linguagem clara e translúcida, que diverge frontalmente dos termos dúbios e obscuros – freqüentemente ajustáveis a inúmeras situações – que ordinariamente caracterizam as profecias tradicionais.
Eu já sabia das coincidências, mas não lembrava exatamente como eram, encontrei todos os dados aqui.
Direto do Halls com Limão
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