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25 de dez. de 2009

Top 5 Mistérios nunca esclareceidos

5) O Caso Das Máscaras de Chumbo
Nada melhor pra começar essa listinha do que um mistério tupiniquim. A turminha fluminense que lê o HBD deve conhecer este causo made in Brasil, que é um dos mais escabrosos e intrigantes que eu já vi narrado numa página HTML.
Em 1966 um rapazote chamado Jorge da Costa estava empinando pipa no Morro do Vintém, em Niterói, quando fez uma descoberta que provavelmente traumatizou-o pro resto da vida: o moleque esbarrou com dois defuntos.
Os presuntos, mortinhos da silva, estavam caídos lado a lado, levemente cobertos pela grama. Não havia sangue ou outros sinais de luta no lugar. Os caras não mostravam nenhum ferimento, suas roupas não estavam rasgadas nem nada.
Correndo o mais rápido que suas perninhas franzinas permitiam sem que se partissem em dois pedaços, o moleque voltou pra casa e entrou em contato com a polícia local. Os meganhas chegaram ao lugar e
encontraram uma cena que até hoje desafia explicação racional.

Os dois corpos trajavam ternos e capas de chuva. Perto do corpo a polícia encontrou uma garrafa de água (que estava vazia), e um pacote com duas toalhas.
Até aqui a história já parece bizarra o bastante (como qualquer morte múltipla sem causa aparente é), mas tem mais. Sabe porque a história ficou conhecida como o Caso das Máscaras de Chumbo?
Porque os defuntos estavam usando justamente isso no meio da cara – estranhas máscaras de chumbo comumente usadas pra proteger o rosto de calor ou radiação.
Ok, então dois malucos subiram no morro com água, toalhas, ternos, capas de chuva e umas máscaras metálicas que devem ter atormentado os pesadelos do pobre Jorge pro resto da vida. Até aqui o negócio é de fato bizarro, mas não TÃO bizarro assim, poderia ser apenas um casal de gays com fetiches incomuns procurando um pouco de privacidade pra violar analmente um ao outro com paixão, intimidade e ternura.
Mas o caderno que os policiais encontraram com um dos corpos deixou claro que o caso nas mãos deles era mais misterioso e sinistro do que um encontro carnal de homossexuais apaixonados.
Além de mensagens crípticas envolvendo códigos, símbolos estranhos e números que pareciam ser frequências de rádio, o caderno trazia uma folha avulsa com seguinte mensagem, copiada aqui na íntegra:
6:00 está no local determinado. 18:30 ingerir cápsulas, após efeito proteger metais aguardar sinal máscara
Ou seja – o que a primeira vista parecia ser uma pista no caso acabou trazendo mais dúvidas ainda. Assim como o resto das anotações no caderninho, a mensagem jamais foi decifrada.
A polícia continuou investigando, mas nunca descobriu muita coisa além da identidade dos dois homens, que eram técnicos em eletrônica. Como você deve ter imaginado, autópsias dos dois cadáveres não revelou nenhum tipo de toxina. A causa da morte é um mistério até hoje.
4) A Batalha de Los Angeles
A mídia impressa costuma empregar nomes sensacionalistas pra se referir a certas pessoas ou eventos, numa tentativa de atrair o imaginário popular e garantir a circulação máxima da publicação. Foi assim que Francisco de Assis Pereira se tornou o “Maníaco do Parque”, por exemplo. Mais da metade dos inimigos do Homem-Aranha devem seus nomes à mesma prática.
No caso da “Batalha de Los Angeles”, o evento foi tão espetacular que o nome era o detalhe menos importante.
Na noite de 24 de fevereiro de 1942, vários moradores de Los Angeles viram objetos luminosos pairando sobre suas cabeças. A histeria foi geral, e muitas ligações pros serviços de emergência depois,  a cidade de Los Angeles estava sob comando dos militares. Os milicos ordenaram um apagão geral na cidade, numa tentativa de identificar melhor a luz vinda dos objetos voadores.
A foto acima, que foi capa de todos os jornais nacionais na época, mostra os holofotes dos militares apontados pros UFOs. Segundo a Aeronáutica, os objetos se locomoviam a pouco mais de 300 km/h.
Em seguida, a Brigada de Artilharia da Marinha posicionou suas armas (canhões anti-aéreos cuja munição são cargas explosivas de 6kg) e começaram a meter chumbo grosso nos objetos. Mais de 1400 tiros foram disparados, e apesar disso os objetos voadores não se transformaram em objetos cadentes.
Cinco pessoas morreram de ataques cardíacos durante o drama, e vários carros e prédios foram danificados pela munição anti-aérea que eventualmente caiu na cidade abaixo.
No dia seguinte as afirmações das autoridades foram conflitantes. Alguns alegaram ser nada além de um “alarme falso provocado pelo nervosismo da guerra”, sem elaborar sobre a identidade dos objetos. Outros falaram que eram balões japoneses, sem explicar como é que balões se movimentariam a 300 km por hora.
Após mais alguns comentários incongruentes, os militares decidiram que a desculpa oficial seria que os objetos eram aeronaves japonesas designadas pra sobrevoar o céu de Los Angeles, com o objetivo de causar medo em solo americano e abaixar a moral do país.
Bom, sobre a parte de causar medo, eles acertaram. O que continuou não fazendo sentido é como é que os tais aviões sobreviveriam várias horas de bombardeamento pesado sem fazer manobras evasivas de qualquer tipo.
Mencionei que o governo japonês negou envolvimento com o mistério na época, e continua fazendo isso até hoje?
3) O mapa de Piri Reis
A imagem que tu vê aí ao lado é um artefato que tem deixado historiadores sem explicações desde 1929, quando foi descoberto.
O mapa – que todos os testes provavam ser autêntico, antes que você me pergunte – foi produzido no século XVI (1513, pra ser mais exato) pelo famoso almirante Piri Reis, da corte turca. O cara, que aparentemente era também cartógrafos nas horas vagas, traçou o mapa baseado em diversas coletâneas geográficas que, supõem os historiadores, ele teria achado na lendária Biblioteca de Alexandria.
A admissão de que o mapa se trata de um apanhado de outros planilhas cartográficas foi feita pelo próprio Piri Reis, em anotações encontradas com o mapa. O problema é, que outras “coletâneas” seriam essas, que aparentemente ninguém mais na época chegou a ver…? Por que elas não eram usadas como a cartografia oficial do mundo da época?
O mapa mostra com clareza e precisão o litoral oeste da África, o norte europeu, a costa Leste (e o interior) do Brasil – algo que nem os portugueses conheciam em 1513 -, e até mesmo algo que não existia
pra humanidade naquela época – a Antártica.

Aliás, opto pela grafia de “Antártica” ao invés do comumente ouvido “Antártida” porque este último não faz sentido. Antártica significa “Anti-Ártico”, ou seja, “oposto ao norte”. Não sei porque em português inventaram de substituir o C por um D na palavra. “Ártida” não existe, logo “Antártida” também não.
Mais impressionante do que a cartografia apurada do mapa, é o fato de que ele mostra a costa antártica SEM a camada de 1km de gelo que a cobre. A última vez que o pólo sul não esteve coberto de gelo foi há 6 mil anos, na última precessão axial do nosso planeta. Só após a expedição britânica-suíça de 1949 foi possível descobrir os contornos exatos da Antártica.
Como diabos Piri Reis (ou o criador do mapa que ele copiou) sabia disso?
Em 1953 a marinha turca enviou o mapa pro Departamento Naval Americano de Hidrografia. O diretor do departamento requisitou o auxílio de Arlington Mallery, um especialista em cartografia antiga.
Pra avaliar a precisão do mapa, Mallery transferiu a geometria do mapa pra um globo, usando o método de projeção que ele concluiu ter sido usado por Piri Reis. Com muita surpresa, Mallery descobriu que o mapa era PERFEITAMENTE preciso. Ele declarou que a única maneira de obter esse tipo de precisão é através de aerial surveying.
Em 1960 o professor Charles Hapgood, da Keene College, escreveu à United States Air Force pedindo uma avaliação do mapa de Piri Reis – em especial, ele queria saber o que a USAF achava da cartografia antártica ilustrada no mapa. A resposta do coronel Harold Ohmeyer foi que o mapa é realmente bastante apurado, e que não há como compreender onde esse mapa se encaixa no suposto conhecimento geográfico do século XVI. De maneira simples, o mapa simplesmente não poderia ter sido feito em 1513. O mundo conforme ilustrado pelo mapa de Piri Reis ainda não existia.
Piri Reis não era o único turco com fontes secretas, aparentemente. Em 1559, um sujeito chamado Hadji Ahmed fez um mapa que mostra o estreito de Bering, a faixa de terra que liga o Alasca à Sibéria.
Problem is, essa faixa está submersa há milhões de anos.
Quem estava fornecendo esses dados?
2) O Incidente de Dyatlov Pass
O incidente de Dyatlov Pass se refere à misteriosa morte de 9 esquiadores russos, provocada por um evento até então desconhecido que se deu na noite de 2 de fevereiro de 1959. Dyatlov era o nome do líder do grupo, e não o nome da montanha que eles escalavam, como alguns pensam. Esta se chamava Otorten.
O grupo partiu de trem em direção a Vizhai, o povoado mais próximo à montanha, no dia 25 de janeiro. O combinado seria que Dyatlov enviaria um telégrafo pras famílias dos esquiadores quando voltassem à Vizhai. A data esperada pro retorno era o dia 12 de fevereiro; não houve nenhuma notícia do grupo, mas atrasos eram comuns em expedições como essa. As famílias dos desaparecidos começaram a encher o saco das autoridades e uma operação de resgate foi montada no dia 20 de fevereiro.
Seis dias depois, o grupo de resgate achou o local onde os desaparecidos haviam acampado. A barraca estava rasgada, e uma série de pegadas os levou até um bosque nas proximidades. Lá foram encontrados os corpos de dois dos esquiadores perdidos.
Ambos estavam descalços, trajando apenas cuecas. Permita-me apontar que fevereiro é o mês mais frio do inverno no hemisfério norte, e poucos lugares neste planeta são mais frios que a Rússia durante o inverno. A temperatura média reportada na montanha era de -30 graus Celsius, o que é consideradoQUENTE naquela região durante o inverno.
A mais ou menos 400 metros de distância dali jaziam os corpos de outros três esquiadores. A posição em que eles foram encontrados sugeria que eles morreram tentando voltar ao local do acampamento. Eles não caíram todos no mesmo lugar, uma distância de mais ou menos cem metros separava os três corpos. Só em maio os últimos quatro corpos foram encontrados.
A examinação dos corpos trouxe mais dúvidas do que resposta (o que é uma constante em casos de mortes misteriosas). Enquanto cinco dos corpos apresentavam sinais de morte por hipotermia, três dos últimos quatro corpos achados exibiam sinais claros de algum tipo violência.
Não estamos falando de facadas ou pauladas; um especialista envolvido na investigação comparou os ferimentos (crânios estraçalhados e tórax esmagado) com o que se vê resultante de um acidente automobilístico. Os corpos não apresentavam NENHUM sinal visível e violência, todo o dano era interno. Não havia cortes nem arranhões na pele de nenhuma das vítimas. Como se o negócio já não fosse bizarro o bastante, descobriu-se que a língua de uma das mulheres havia sido arrancada.
Nenhum dos corpos se encontrava suficientemente agasalhado. A maioria estava descalça, usando apenas cuecas, ou usando o que pareciam ser tiras de roupas removidas dos que haviam morrido primeiro.
O nome da montanha era Kholat Syakhl, que significa “Montanha da Morte” em dialeto Mansi. I’m not making this shit up.
1) O manuscrito de Voynich
A História é repleta de relatos de falsificações arqueológicas. O homem de Piltdown, as placas Kinderhook, e o próprio Livro de Mórmon são bons exemplos desse tipo de safadeza. No mundo artístico há centenas de casos de falsificações, e é provavelmenteo ramo que atrai os forjadores mais prolíficos.
Entretanto, há algo em comum em todos esses casos: havia um benefício a ser atingido através da falsificação, seja convencendo alguém através do artefato produzido, ou tentando vende-lo por preço altíssimo como produção autêntica.
Como explicar uma falsificação que não almejou alcançar nenhum dos dois objetivos?
Essa é a dúvida que ecoa na cabeça dos estudiosos que analisaram o manuscrito de Voynich, que herdou o nome de Wilfrid M. Voynich, um colecionador de relíquias medievais que obteve o livro em 1912.
O livro tem 272 páginas e foi inteiramente escrito numa língua que jamais existiu. O manuscrito foi apresentado pros melhores criptógrafos americanos e britânicos da Segunda Guerra Mundial, e após meses de tentativas nem uma palavra sequer foi identificada. Como não há nenhuma forma de elucidar o texto, o conteúdo do livro foi deduzido através das ilustrações. A partir dela concluiu-se que o livro trata de botânica, astronomia, e biologia.
Antes que você sugira, não, Voynich não escreveu o livro por si mesmo. Especialistas concordam que o livro foi escrito no século XVI. Há várias teorias a respeito de quem o teria escrito, mas ninguém consegue chegar a um consenso a respeito do motivo da criptografia utilizada.
Méritos totais ao IF5
MUUUUUIto Bom!!!

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